segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Gonna FLY Now!




Eu ouvia os pássaros e desejava voar sentindo a liberdade em meu rumo.
Um sonho de criança.
Mas crianças apenas adormecem em nosso ser. Quando acordadas são capazes de peripécias inimagináveis. 
Um certo dia calcei asas em meus pés.

As primeiras pisadas eram tímidas como uma ave aprendendo a voar. 

Comecei a sentir meu corpo mais leve.
Onde eu estava pisando? Olhei para o chão e enxerguei o asfalto, mas a sensação de leveza estava lá, me convidando a voar.

Alcei o meu primeiro voo com passadas longas e ousadas. Meu coração disparou, fiquei ofegante e tive de diminuir o ritmo. Mas continuei em forma de trote, ainda visando a minha primeira pisada nas nuvens.

Após dez minutos eu já me sentia estável e preparada para as maiores passadas. O Rock em meus ouvidos deu um gás especial. De olho no frequencímetro, eu ainda continuava na minha zona aeróbica. Tomei coragem.

Corre! Vai, você consegue! CORRE! CORRE! Fui...

Eu estava alçando meu primeiro voo! CORRE MAIS!
Comecei a me sentir nas nuvens...
Comecei a me sentir em cumplicidade comigo mesma.
Comecei a sentir um bem-estar indescritível.

Finalmente eu estava sentindo a LIBERDADE.

Aquele sonho de criança tornou-se realidade. Eu voava como um pássaro.
Eu estava LIVRE!



Eu não prestava mais atenção nas músicas, nem no piso, nem como a minha roupa estava.

Eu prestava atenção em minha respiração, em meus batimentos cardíacos, em meu suor.
Eu prestei atenção na coisa mais importante que existe.
Eu estou VIVA! - eu pensava.
E somente esse pensamento me dominava. VIVA! Eu estou VIVA!

...

Hoje eu consigo voar cada dia mais alto.
A corrida é o MEU momento.

Eu e eu mesma. Independência! Não preciso de mais nada para me sentir feliz. Nada nem ninguém.
Eu me BASTO.

É uma felicidade genuína. Não é oriunda de algo ruim que se tornou bom.
É simples e pura FELICIDADE.

Acaba a corrida. O alongamento pós-treino é o meu momento de acariciar meu corpo, dizer baixinho que eu amo cada pedacinho dele.
Depois desse momento, eu inspiro e expiro várias vezes olhando para o Céu e agradeço a Deus por ter estado tão perto Dele.


É fácil alcançar Deus quando se está nas nuvens.


CORRA!
Seja FELIZ, LIVRE e tenha o SEU momento com você mesmo.

AME-SE!

Namastê!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

I Lobe You


O "I Love You" de House. Complicado, fragmentado, difícil.
Quem imaginou um começo sereno do relacionamento Huddy não conhece o médico.

"Boring"? Análise... análise.
"Isso não vai dar certo."
"O problema não é o Futuro, mas o Passado."
"Eu não mudarei."

O relacionamento entre House e Cuddy é profundo e não poderia ser diferente o início do namoro. Devaneios, divagações, dúvidas.
Foi estranho. Foi parado. Foi pensativo. Foi entediante em muitos momentos.

Mas foi romântico. Cuddy sente ternura e zelo por House. Eles não estão apaixonados. Eles se amam.
Para muitos, o amor é entediante. Para muitos, o seriado é apenas mais um entre vários.
Para mim, House M.D. é um espelho o qual reflete nossos problemas e defeitos.

Eu já amei alguém e não me relacionei por simples e miserável medo.
Eu já quis abrir um espumante com a técnica de Sabragem.
Eu já beijei a ferida de alguém, assim como já abri outra em alguns corações.
Eu já me fiz de boba para algumas pessoas como meio de manipulação.
Eu já me preocupei demasiadamente com um amigo.
House M.D. é um divã televisivo. Analise House e estará analisando você mesmo.

O vídeo promocional dos próximos episódios aparentemente revela um regresso do seriado às temporadas cujos casos médicos eram muito valorizados.
Acredito que haverá muita ação nos episódios e intensas complicações no relacionamento Huddy.

Foi uma Season Premiere previsível.
Em meio às risadas entre uma aparição e outra do neurocirurgião, de Wilson preso na janela, ou do enxaguatório bucal na banheira, é inevitável que os fãs mais sensíveis fiquem estranhos, parados, pensativos.

Afinal de contas, quem nunca se perguntou "E agora?"

terça-feira, 14 de setembro de 2010

O meu tempo de atendimento





Texto originalmente escrito em 10 de maio de 2009.

Eu trabalho voluntariamente no Hospital de Pronto-Socorro (HPS) de Porto Alegre, pois estou trilhando meu caminho rumo ao sucesso profissional e principalmente pessoal.

Sempre desejei a área da saúde. Quando pequena, a Veterinária. Devido a percalços inerentes a esta vida maravilhosa cheia de surpresas, tornei-me Fisioterapeuta. Uma terapeuta do corpo físico, mas com sensibilidade suficiente para tratar também da alma dos pacientes.

Livros na estante, artigos científicos no computador, apostilas no armário. Estas são as ferramentas para exercer a técnica da minha profissão.
Sensibilidade, compaixão, altruísmo, dedicação. Estas são as ferramentas para exercer o Bem.

Subo e desço escadas em busca dos pacientes, leio prontuários e mentalmente elaboro o meu tratamento. O meu corpo físico cansa, mas a alma alimenta-se de cada história de vida naqueles leitos. Pessoas inocentes ou mesmo foras-da-lei, não importa. Todos somos seres humanos dotados de sentimentos.

É momento de ir ao encontro do paciente. Muitas vezes dói a garganta, os batimentos cardíacos aumentam, as mãos suam, as pernas tremem devido a um esforço enorme: conter as lágrimas. Crianças tetraplégicas, jovens vegetando em um leito, adultos com o rosto desfigurado por queimadura, idosos sedados respirando com ajuda de aparelhos...

(...)

Apresento-me, explico o porquê das técnicas utilizadas e começo o tratamento. Olhos nos olhos, mãos no paciente, um sorriso que conforta.

Na faculdade eu sempre fui advertida quanto ao tempo de atendimento. Eu me excedia. Ainda me excedo. Atualmente ninguém mais terá coragem de mudar o meu tempo com os pacientes. Protejo com unhas e dentes esse tempo precioso de troca de energia. É o meu momento com um outro ser humano necessitando de amor.

As pessoas estão muito preocupadas em subir e descer suas escadas da vida. Esquecem que entre um andar e outro há vida e outras pessoas necessitando de atenção e carinho.

Egoísmo, individualismo, preocupação. As ferramentas para deixar a alma adoecer.

O aperto de mão carinhoso dos pacientes lúcidos na UTI, o olhar brilhante das crianças, um abrir de olhos inesperado, o paciente que sai caminhando depois de meses internado, um abraço carinhoso e cheio de gratidão e aquele Obrigado em meio a lágrimas de felicidade...
... mostram-me que a vida é linda e cheia de belas surpresas.

Anti-ético deveria ser tratar as pessoas como corpos com órgãos amontoados e sem alma.

Transmitir Amor e Serenidade àqueles que mais necessitam, os enfermos, deveria ser uma Lei. A Lei da Vida...

Quero ser lembrada pelo meu dom nato de ajudar as pessoas quando eu morrer.
Este post foi o mais difícil de escrever, pois a cada frase... uma lágrima.

Obs.: a foto acima é de 2006, quando eu atendia um paciente muito especial, o Lucas. Visitem a página dele e do seu irmãozinho: http://amigosdelucaseleo.blogger.com.br

quarta-feira, 21 de julho de 2010

HOUSE, Gregory II

Música do Teaser da 6ª Temporada!
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Para os fãs que sentem necessidade de House, como se este fosse a Hidrocodona (o Vicodin brasileiro), falta pouco! A Season Premiere da 7ª temporada será exibida no dia 20 de setembro de 2010. “Apertem os cintos!” “Este seria o meu conselho” - falou Hugh Laurie para os shippers de Huddy.
Será que Cuddy conseguirá administrar o relacionamento com House com a mesma eficiência que comanda o Hospital Princeton-Plainsboro? Esperamos com ansiedade. Preparemos nosso cinto de três pontos, portanto. Promessa de fortes emoções!

Enquanto ficamos na espera, acabamos por ter lapsos de House em nosso caráter. Uma ironia aqui, outro sarcasmo lá e pronto. É o vício. House é o nosso opiáceo cujo maior efeito colateral é instigar mais ainda a nossa inteligência emocional. Como diria Aristóteles: "A inteligência é a insolência educada". House é desaforado, insolente, porém educado. Talvez por isso seja tão respeitado por seus empregados. Ele impõe autoritarismo sem ser autoritário. Gregory House é o semeador das opiniões reprimidas, sejam estas para manter a reputação na sociedade ou em uma hierarquia profissional.

Mas enquanto nosso opiáceo televisivo continua em intervalo, acompanhemos o Emmy Awards 2010 cuja transmissão será no dia 29 de agosto para torcer que Hugh Laurie receba o prêmio por sua indicação de melhor ator em série dramática. Entre os concorrentes, Hugh possui maior força devido ao prêmio adquirido no People's Choice Awards em janeiro de 2010. Consiste em uma influência relevante para levar a estatueta do Emmy para casa.
O seriado ainda conta com mais duas indicações. A de melhor edição sonora pelo episódio "Epic Fail" e de melhor coordenação de dublês em "Brave Heart". Resta-nos torcer para que Hugh e seus colegas de produção saiam muito satisfeitos da solenidade.

What happens when the doctor becomes the patient?
Frase do teaser da 6ª temporada me faz refletir como o episódio "Broken" é apenas um estopim para os fãs compreenderem que House é um paciente desde o início do seriado. E como já citado no texto "HOUSE, Gregory" nós esperamos com supremacia a inferição da doença que atinge a índole desse médico tão singular.

E Lisa Cuddy? Será que com sua especialidade em endocrinologia e com sua habilidade em administração, seria capaz de mostrar que o Amor superaria os princípios insólitos de House?

Por ora, usufruemos de nossa inteligência emocional aprendidos com o médico. Precisamos nos defender. Afinal, "everybody lies".

quarta-feira, 30 de junho de 2010

HOUSE, Gregory

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Uma dose de Scotch em cima do piano tocado por mãos astutas de um médico infectologista e nefrologista embriagado por sua autenticidade.
O frasco de Vicodin, seu comparsa na ilusão de excelência em seu estado miserável, no bolso do seu paletó usado em preferência ao tradicional avental branco.
House instiga a dualidade do Amor e Ódio em seus fãs. "Everybody Lies" é a frase que dilacera nossa hipocrisia e expõe nossa patética índole. Assistir ao seriado House exige humildade para aceitar verdades absolutas acerca do nosso caráter.
"Baby Steps". A indignação não deve ser imersa em sentimentos de piedade.
O rancor é inerente à raiva. A bondade é momentânea. Os vícios são amigos. Pessoas não são dignas de confiança. Deus existe?
House não passa despercebido. Sua bengala é um adorno de sua excentricidade. Seus olhos azuis, a barba por fazer, a claudicação. House não entra em algum ambiente, ele triunfa.
Sua inteligência é ímpar. Não a denota com clichês e uso do senso comum. Ele abdica de qualquer resguardo de embaraço e enaltece suas ideias brilhantes com humor arrogante. Apesar de sua mediocridade como ser humano, ele sabe ser notável no tratamento ardiloso com as pessoas.
Cuddy, Wilson, Foreman, Thirteen, Chase e Taub são os escolhidos de House para exercer sua manipulação. Sem intenção de contato com o paciente, House desafia seus empregados a inferir um diagnóstico com perguntas e respostas por meio de outro personagem: o quadro-branco. 
De palavras escritas e transcritas normalmente não surge o diagnóstico final. Insights de House são uma peça-chave no seriado para resolver a questão.
Médico brilhante. De maneira surreal não errou algum sequer diagnóstico. Porém em sua vida particular, os sintomas da doença que atinge sua índole são enigmas torturantes. Diagnósticos diferenciais para o seu enfermo caráter são mostrados episódio após episódio. A questão final para a cura de Gregory House é esperada com supremacia pelos fãs.
Do começo ao fim, o seriado instiga a reflexão para nós mesmos. "Yes. It's Cancer." É o câncer da sociedade com sua metástase atacando cada um de nós, órgãos desse grande corpo chamado mundo.
House é Deus ou não? Sherlock Holmes resolveria essa questão.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Futura Escritora

Puritanismo Social

Nesses anos de puritanismo...
Você condena quem bebe demais.
Você condena quem faz sexo casual.
Você condena o solteiro que beija várias pessoas.
Você condena quem trai o parceiro.
Você condena quem usa decotes ousados.
Você condena quem dança maliciosamente.
Você condena a mulher pobre que se prostitui.
Você condena os homossexuais.
Você condena quem gosta de pornografia.
Você condena quem experimenta drogas ilícitas.
Você condena as pessoas libertinas.
Você condena quem usa piercings e tatuagens.
Você condena todos aqueles que vivem intensamente.

Nesses anos de amadurecimento...
Você descobre o que é falso moralismo.



Tenho sonhos.
Um dos meus sonhos foi realizado. Ajudar pessoas por meio da minha profissão sem pré-julgamentos, preconceitos e liberta de estereótipos.
Quem sou eu para julgar a vida do outro?

A Sociedade é puritana com sua máscara de hipocrisia.
Apenas quando amadureci [já tenho 26 anos] percebi que existe muito falso moralismo.
Pessoas pregando a moral aqui e ali. Indivíduos que torcem o nariz para pessoas que não vivem como o Sistema-cárcere manda.
A Social New é uma proposta da Social Feeling com seu blog http://sociallie.blogspot.com para que um novo Blogueiro expresse suas opiniões acerca da sociedade.

Vivências não me faltam para obter ideias.
Com apenas 26 anos sou muito experiente e madura para manifestar minhas opiniões.
Meta a cara a tapa sem medo. Afinal, quem dá o tapa é a sua própria mão, quando cai em si, percebendo que é um falso moralista, igualzinho à maioria.


PENSE! Seja diferente!


O meu post. Um texto direto e conciso. É fácil apontar dedos e não olhar para os próprios atos. Os que mais julgam negativamente são os que mais sentem nojo de suas próprias atitudes. Pense nisso.

Um dos meus outros vários sonhos é ser Escritora.
Começar do começo faz bem. Mas começar com uma atitude crítica e pensativa é mais interessante.

Eu MEREÇO ser colunista da Social New.

@ThayPocket: Me ajudem a ser colunista da SocialNew! Clicar em "Concordo" e comentar com seu Blog! http://tinyurl.com/38jw57a Hoje à noite termina! *-* ♥

Posso não me tornar a nova colunista desse Blog tão legal e de projeto inovador, mas...


Um dia publico um livro. Um dia serei escritora.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Moonwalk!

No dia 25 próximo o falecimento do Rei do Pop Michael Jackson completará 1 ano.

















"@ThayPocket: Michael Jackson alcançou o sucesso dando passos regressivos."

O Moonwalk foi, com certeza, um dos passos da sua dança mais famoso e que o levou ao sucesso.
Mas apesar de ter se transformado em sinônimo do próprio astro, o passo não foi inventado pelo Rei do Pop. Michael aprendeu o movimento no começo dos anos 80 com Jeffrey Daniel, seu professor de dança e integrante da banda de disco funk Shalamar. E tem mais: depois de adotar a criança, Michael Jackson ainda mudou seu nome. O movimento popularizado por Michael Jackson era originalmente conhecido como backslide [deslizar para trás]. Moonwalk era o nome de outro passo de street dance.














Há 1 ano tive o imenso e engraçado prazer de pedir para o DJ tocar Billie Jean e dançar para a galera o Moonwalk. Foi engraçadíssimo! [Não vou contar onde foi... haha!] Mas só tentei porque eu treinei muito esse passo...

Deixarei os links para vocês aprenderem o passo e fazerem muitas pessoas darem risada em uma noite fria de junho.

Mas antes, algumas dicas:

1. Use sapato com solado de couro ou treine de meia se estiver em casa, mesmo. Tênis, bota, chinelo... esqueça.
2. Michael ao dançar o Moonwalk não colocava a mão no... no... ah, vocês sabem! Ele segura o cinto com o polegar! Então, por favor, elegância! hehe...
3. Treine dar rodopios e parar na ponta dos pés com os joelhos flexionados. Treine bastante.














Moonwalk propriamente dito:
1. Posição inicial.
Cabeça erguida e joelhos estendidos.

2. Levante o calcanhar direito [dobrando o joelho, portanto] e "trave" o joelho esquerdo.
3. Equilibre-se na ponta do pé direito e empurre a perna esquerda com o joelho para trás. [Treinando você perceberá a existência de um equilíbrio entre as duas pernas...]
4. Transição: ao mesmo tempo abaixe o pé direito e levante o pé esquerdo [dobrando o joelho, portanto] e agora "trave" o joelho direito.

Um dos segredos é essa sensação de "travamento" nos joelhos. Deve ocorrer para que dê certo.

Repita os passos.
Tente fazer isso apenas com essa leitura e depois veja o vídeo. Ou veja o vídeo e terá uma visão melhor do que estou querendo lhe informar.
Vá em frente!
É meio difícil no começo, mas depois que se aprende, dá vontade de fazer em tudo que é lugar!

Dois vídeos.
[clique com botão direito - abrir nova aba/janela]

Boa sorte! É muito divertido!

By the way... dá uma espiada no Guri de Uruguaiana [grande personagem aqui do Rio Grande do Sul] com uma bela sátira de Thriller.
Canto Alegretense - Thriller

Dê muitas risadas e seja feliz!

sábado, 19 de junho de 2010

Culpa

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Me desculpe por ter machucado você.

Me desculpe por ter magoado você.

Me desculpe por ter sido uma pessoa chata.

Me desculpe por não ter tratado você bem.

Me desculpe por estar assim com você.

Me desculpe por ignorar você.

Me desculpe pelo meu egoísmo.

Me desculpe pela minha falta de caráter.

Me desculpe por ter feito você infeliz!

(...)

Sim, eu culpo você.

Tudo bem, eu culpo você.

Fique em paz, eu culpo você.

Quanto mais você pedir que eu desculpe você, mais vou culpar.
Abandone as palavras.
Abuse das atitudes sensatas.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Produtora do espetáculo: minha TPM - Parte II

A música que dá dinamismo ao texto.
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Ela implora pelo silêncio. Suplica por uma solidão digna. Seres humanos são monstros vampirescos a lhe tirar o sangue que lhe dá energia.
Ela desmorona em suas entranhas. Suas forças a abandonam.
A raiva inicia seu ato de destruição.

Ensandecida. Desejo de gritar, berrar, entregar-se à loucura. É um sufoco. Conseguiria arrancar os próprios cabelos com um simples "Bom Dia!" alheio - o que há de bom?!
Os hormônios brigam entre si e a usam de palco para o espetáculo. Este o qual custa caríssimo a quem desejar entreter-se com essa luta.
Meiga. Amorosa. Carinhosa. Simpática. Querida. VAI SONHANDO.



O olhar dantesco revela sua ira inescrupulosa.
Como em um combate, Estrógenos e Progesterona deixam jorrar palavras de baixo calão a cada ferimento. Atinge essa mulher no coração e sentirá todas as suas perturbações brotarem através de gritos e lágrimas indignadas. Ela não merece essa batalha dentro de si.
Cinco dias inteiros de emoções laceradas, dissipadas, arrancadas pelos hormônios.
Ela não quer chocolates, vinhos nem mimos.
Ela quer a solidão. Quer um Planeta só para si. Ela quer um ET que a abduza dessa disputa. Completamente aversa a Seres Humanos!

Ela quer ficar a sós consigo mesma para deixar jorrar de seu âmago esse sangue repleto de ira. Sem julgamentos alheios. Sem pretensões. Ela e ela mesma. Ela e Deus.
Deixem-na em paz! Ela quer escutar um hardcore, gritar, bater nos travesseiros, pensar mal do parceiro, avaliar as amizades, chorar o luto da sua vaidade, brigar com ela mesma. Ela quer muito a sua solitude.

Concluída a disputa, o sangue brota de suas entranhas renovando suas forças, transformando-a novamente em uma mulher verdadeira.
Pois a mulher em TPM nada mais é do que um palco de batalhas e emoções!


terça-feira, 15 de junho de 2010

A maquiagem do Brasil












Clichê. Chavão. Lugar-comum. Ai, como odeio isso! Pura falta de criatividade. Temos cérebro para quê, hein? Usemos, por favor.
Não poderia me calar ao famoso clichê que as pessoas teimam em difundir. "Os brasileiros passam anos reclamando e na Copa vem com Amor, Patriotismo, Orgulho."
Você se gosta 24h por dia, durante os 7 dias? Nunca estamos muito satisfeitos com alguma coisinha em nós mesmos. Uma espinha maldita bem no meio do rosto, a barriguinha que prova nossos delitos gastronômicos, as pontas duplas do cabelo, a halitose matinal, a fase da TPM, aquela celulite pavorosa, uma tristeza momentânea... enfim, nem sempre estamos satisfeitos com nosso corpo, nossa vida.
E com nosso país é assim. Reclamamos, não gostamos, odiamos muitas vezes. Mas basta vermos imagens da nossa incrível Natureza para sentirmos Orgulho. Basta o Hino Nacional ser executado que uma sensação maravilhosa de Amor emerge das nossas emoções.
Há um odiozinho aqui e outro acolá. Não gostamos da nossa Política. Mas nosso país não é feito apenas de Política.
Não somos apenas feitos do nosso vestuário tal qual mendigo quando estamos em paz em casa, descansados.
É normal reclamar!
Nosso país também tem aquele dia em que não estamos em TPM, não há espinhas no rosto, nosso cabelo está perfeito e colocamos uma roupa espetacular e uma maquiagem esplêndida. E então damos valor a nossa nação.
E isso não é apenas de 4 em 4 anos...
Portanto, vamos parar de chavões e...
"Viva o futebol que ilumina mais ainda o Brasil de 4 em 4 anos!"
A maquiagem que enaltece a beleza da nossa Cultura!