domingo, 13 de junho de 2010

Produtora do espetáculo: minha TPM

 
Inicia com um aperto no peito. Começa a briga. A razão e a emoção encontram-se em uma árdua batalha na minha mente. A emoção é mais forte. Ela vence. Sempre vence. E sempre celebra sua conquista pela demonstração da tristeza atirando lágrimas pelos meus olhos. Uma por uma. Devagar. Sua alegria em me deixar triste aumenta e a emoção joga suas lágrimas como se fossem papéis picotados por uma janela. Minhas lágrimas escorrem pelas janelas da minha alma e encontram o mundo em uma festividade do auge da minha emoção.
Eu facilito essa necessidade de celebração ouvindo músicas tristes, fazendo ecoar na minha mente todos os meus sentimentos mais melancólicos e sem razão.
Para limpar os papéis picotados, solitariamente minhas mãos tocam cada lágrima e neste pequeno gesto um tímido sorriso é exposto.
Sempre que dá esse aperto no peito eu prefiro que vença a emoção. Ela me permite jogar pela janela toda a solenidade da minha tristeza, limpar a minha alma e dar lugar a sentimentos leves.
Até em celebrações felizes há picotes laminados. Entristecer-se não deixa de ser uma manifestação da felicidade. O choro é o sorriso da alma feliz pelo alívio espiritual conquistado pela emoção.

Um comentário:

  1. Sutil você filosofou sobre o que eu sinto? o sobre o que você sente? Delicioso ler-se nas palavras dos outros! Parabéns! Lindo!Bravo!!!
    Eu amo identificar-me!!!!Amo (ela sorri do tamanho do rosto, como diz as avós de orelha - a - orelha)

    ResponderExcluir

Sutis Filosofadas